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O primeiro ano do bebê é cheio de descobertas e novidades, um período de mudanças que é acompanhado com todo o carinho – e ansiedade – pelos pais. E cada nova habilidade traz uma série de alegrias. Para que você entenda melhor cada marco, o blog desvenda o desenvolvimento do seu pequeno mês a mês.

No nascimento

Ao nascer, o seu bebê não consegue controlar a musculatura do corpo de maneira geral – e até mesmo a visão não é das melhores. Neste momento, ele ainda enxerga com muita dificuldade e só pode mesmo contar com a audição, sendo capaz de reconhecer a voz da mãe com apenas três dias de vida. “Eles enxergam por volta de 30 cm (distância do peito ao olho da mãe), mas já reconhecem as vozes de pessoas próximas. Nessa fase, o colo é fundamental para a melhor transição do útero para a vida fora dele. O bebê começa também a ensaiar um controle da musculatura do pescoço que só vai finalizar por volta do terceiro mês”, explica a pediatra Marina H. Chicareli Carrari.

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Neste momento, o melhor é fazer massagens relaxantes com um pouco de óleo de amêndoas para que ele sinta todo o corpinho e comece a tomar consciência de cada membro. Essa atividade pode ser feita sempre que você encontrar um tempinho, já que nessa fase o pequeno dorme muito, mas de maneira pausada – acordando a cada três horas para as mamadas.


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2° e 3° mês

Com a chegada do segundo mês a rotina familiar já está mais estabelecida e o pequeno começa a dominar uma habilidade que derrete os pais: sorrir. “Ele passa a sorrir em resposta e pode começar a emitir alguns sons. Nessa fase é bom colocar para brincar em tapetes de atividades. Virá-los de barriga para baixo por 10 a 15 minutinhos sob supervisão é fundamental para o desenvolvimento da musculatura”, indica.

A imunização também passa a fazer parte do cronograma das crianças e dos pais, com as primeiras doses de vacinas como Penta, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), Rotavírus Humano e Pneumocócia 10V. A partir daqui, é preciso ficar atento ao calendário e à carteira de vacinação, que terá atualização frequente no primeiro ano.

No terceiro mês, segundo a especialista, as diferenças são sutis e a recomendação de atividade é a mesma que para o segundo – embora você vá sim notar a diferença. “Brincamos que é aqui que o paciente nasce, porque nesse período ele já deve segurar bem o pescoço e alcançar objetos“, completa. No sono, boas novidades: a criança passa a dormir cerca de 10 horas por noite e seis por dia, facilitando a rotina dos pais.


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4° mês

Aqui o seu pequeno já deve estar dormindo praticamente a noite toda e ter um dia mais ativo, com muitos sorrisos e a mania recém-adquirida de levar os objetos à boca. Ele também deve estar com a cabeça mais firme e começar a erguer o tórax. “O chão realmente é o lugar! Espalhe brinquedos e o ajude a tentar rolar e brincar de pegar objetos e tocar chocalhos”, complementa.

5° mês

O bebê começa a conseguir sentar se apoiando, já junta as mãos no meio do rosto e dá gargalhadas deliciosas”, conta a especialista. As pernas já estão mais ágeis, sendo movidas constantemente, e eles costumam agitá-las durante o banho, ajudando-o a organizar o cérebro e estabelecendo um padrão para quando tiver força para engatinhar. Você já pode levantar o pequeno pela axila para que ele firme as pernas, e deve continuar com as brincadeiras de rolar.


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6° mês

Chegado o sexto mês é possível começar a introduzir alimentos que vão complementar o aleitamento materno, que até então era exclusivo e obrigatório – é hora de investir nas primeiras papinhas. “Começamos a pensar nessa introdução da alimentação, e ele já consegue levar objetos à boca com facilidade, rolar de um lado para o outro e se arrastar para chegar em objetos. É bacana estimulá-lo com sons e brinquedos bem coloridos”, revela.

7° e 8° mês

Nessa fase é comum que os bebês já estejam com ótimo controle dos bracinhos e pernas, um avanço que leva ao ensaio dos primeiros passinhos. “Alguns já começam a engatinhar, mas isso não é obrigatório. Eles também são obstinados em alcançar aquilo que interessa, então espalhe brinquedos pelo chão e deixe que o seu filho vá atrás, seja se arrastando, engatinhando ou rolando”, aconselha.

9° mês

Aqui, é comum que o seu pequeno já esteja engatinhando bastante e com a curiosidade bem aflorada, além de ter passado a dormir quase a noite toda e apenas poucas horas (cerca de três) durante o dia. “Ele pode começar a estranhar pessoas que não conhece e se desespera quando a mãe sai de um ambiente. É o período conhecido como angústia de separação, e é completamente normal. Brincar de ‘esconde-achou’ ajuda”, fala.

Dos 10 aos 12 meses

A maior diferença nessa fase é a evolução da comunicação – um período em que o bebê passa a tentar dizer as primeiras palavras: “Esperamos que com um ano ele fale sílabas, e que até os 18 meses comece a falar palavras com duas sílabas e com sentido. Para estimular, o melhor a fazer é conversar olhando nos olhos para que ele veja a sua boca mexer”.

A evolução está lenta, e agora?

Apesar de cada mês ter suas particularidades, é comum que as crianças evoluam em seu próprio tempo – e se você está preocupado com o atraso nos sinais, o melhor a fazer é contar ao pediatra. “Quanto mais cedo os pais notarem, melhor para a criança. Porque seja qual for o motivo, é importante ter um estímulo precoce – mesmo que você tenha um diagnóstico de alguma anormalidade ou não”.