Foto: ESB Professional/ Shutterstock

A transição do berço para a cama pode ser considerada um marco importante do desenvolvimento dos pequenos, afinal, este é um dos primeiros passos rumo à autonomia. E para que tudo ocorra com tranquilidade e segurança a sua ajuda é fundamental. Saiba quais os cuidados e como você pode dar o apoio que o seu filho precisa.

Hora de mudar?

Não existe uma idade fixa para fazer a troca, que deve acontecer principalmente por motivo de segurança. “A média é dois anos de idade, mas pode ser um pouco antes caso ela tenha uma boa agilidade e coordenação motora, conseguindo ficar bem em pé. Quando a criança consegue escalar o berço ou a grade fica na altura do mamilo ou abaixo dele, isso facilita as quedas e a altura é mais perigosa do que a da cama, então é o momento de fazer a transição. Além disso, isso permite um ganho de autonomia e é muito importante para o desenvolvimento e a maturidade”, explica o pediatra Sylvio Rezende Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”.

Foto: Photographee.eu/ Shutterstock

Escolhendo a cama

Ao contrário do que muitos pais imaginam a cama não precisa ser toda cercada, afinal, a ideia é mesmo que os pequenos possam sair e entrar livremente. “Ela deve ser baixa para conseguir subir e descer, e a proteção completa não é necessária. O interessante e mais comum é ter alguma proteção nas laterais perto da cabeça e dos pés, que dificultam que as crianças rolem e se machuquem”, esclarece.

Outro cuidado é posicionar corretamente o móvel para que não aconteça nenhum acidente noturno: “É importante que a cama esteja encostada de um dos lados na parede, assim reduz as chances de uma queda. Outra dica é não deixar espaços pequenos entre cama e parede ou cama e criado mudo, porque isso pode machucar caso ela role para fora enquanto dorme”.

O colchão ideal

Cama nova pede um colchão novo, e ele também precisa seguir algumas regrinhas para dar mais segurança e conforto. “Não é bom ter um colchão que seja muito molinho, então precisamos escolher uma densidade que permita que a criança deite e fique reta e rígida, sem afundar em alguma parte do corpo para não provocar dores”, esclarece.

Ele não quer ficar na cama, e agora?

Nem toda criança aceita a transição rapidamente, o que leva muitos pais a se perguntarem se fizeram mesmo a escolha certa. “Algumas estranham e acabam levantando muitas vezes ou chorando pelos pais. Para que a criança se acostume é muito importante criar uma rotina, fazendo o ritual de tomar banho, ir ao banheiro e dormir sempre no mesmo horário. Deixe também um copinho plástico com água no quarto para que ela não precise ir à cozinha caso tenha sede. Outra dica é que os pais evitem ficar olhando se o filho já dormiu ou indo ao quarto várias vezes para ver se está tudo bem, porque se ele já pegou no sono vai acabar despertando e, se estiver acordado, vai querer sair. Quanto maior a disciplina, mais fácil e rápido de se acostumar a ter uma boa rotina de sono. Se levantar e sair, os pais devem trazer de volta e explicar que é o momento de dormir”, indica.

Foto: Antonio Guillem/ Shutterstock

Outros cuidados

É inevitável ter algum episódio do pequeno perambulando pela casa no meio da noite, então é bom deixar o entorno arrumado e livre de possíveis perigos: “Algumas atenções são necessárias, como não deixar objetos que podem quebrar e machucar a criança (como copos sobre a mesa, por exemplo) ou substâncias que possam ser tóxicas. Como ela vai ter mais mobilidade e pode acabar saindo da cama em algum momento é bom ter cautela”.