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Época de férias é tempo de brincar e aproveitar ao lado da família, mas isso não significa que o aprendizado precisa ficar de lado: algumas brincadeiras podem ser consideradas verdadeiras aliadas do desenvolvimento do seu pequeno e ainda render muita diversão.

“Quanto menor a criança, mais sensorial e corporal a brincadeira deve ser. Até os dois anos, é bacana que ela mexa com areia, baldinho de água e faça atividades para estimular a movimentação, como correr, rolar bolas e pular. Ela está na fase de experimentação com o próprio corpo, então siga neste caminho para estimulá-la”, explica a psicopedagoga Luciana Brites, fundadora do Instituto NeuroSaber.

Outro ponto importante é lembrar-se da variedade, que vai trabalhar diferentes habilidades sem deixar seu filho entediado. “É importante intercalar as brincadeiras, passando por brinquedos como bonequinhos e carrinhos, jogos, tabletes, construir e usar o corpo. Isso tudo é muito enriquecedor para a criança porque ela vivencia uma série de situações diferentes e cria uma memória afetiva das férias e do contato com os pais que ficará com ela por toda a vida. Cozinhar com os avós ou os pais, por exemplo, é muito bacana para conversar, aprender e trabalhar a coordenação motora”, revela.  Abaixo, a especialista revela passatempos para os pequenos acima dos três ou quatro anos.

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Histórias e desenhos

Que tal montar uma brincadeira simples de contar histórias e desenhar o que foi dito? “Contar histórias e desenhar junto é muito divertido para as crianças, não toma espaço e você ainda estimula a imaginação e a coordenação motora”, esclarece.

Bola

Brincar de bola, seja do simples rolar ao futebol, é outra diversão que vale ser explorada. “É algo muito simples, mas universal. Os pequenos gostam muito e podem mexer com ela desde que começam a engatinhar, primeiro com os pais rolando a bola para que engatinhem até ela e depois ficando mais sofisticado até chegar ao chutar. Isso é muito utilizado em terapias para estimular o aprendizado, porque essa coordenação motora entre mãos e olhos (ou pés e olhar) influencia até mesmo a escrita no futuro”, conta.

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Pique-esconde, pular corda e amarelinha

Brincadeiras ditas corporais, ou seja, aquelas que exigem que os pequenos se movimentem, também são muito enriquecedoras e rendem boas risadas. “Pique-esconde, vivo-morto, pular corda e amarelinha trabalham a coordenação motora global, que compreende equilíbrio, pular, correr e controlar o seu corpo como um todo. Além disso, você melhora aspectos cognitivos como a atenção e libera neurotransmissores importantes. Todas podem ter início desde os dois aninhos, de maneira supervisionada e bem lenta”.

Jogos de papel e tabuleiro

Jogos como forca, jogo da velha e outras opções de tabuleiro também são ótimos para o desenvolvimento infantil – principalmente do ponto de vista emocional. “É muito legal que toda a família brinque junta, e hoje temos joguinhos de tabuleiro para todas as fases, desde os bem simples até os muito elaborados e que continuamos usando até a idade adulta. Eles fazem com que a criança precise trabalhar o raciocínio, a atenção para entender as regras e aprenda a lidar com o ganhar e o perder. Eles simulam situações que você vai passar por toda a vida, e é bacana que os pais não mudem as regras apenas para que os filhos vençam – eles precisam aprender a lidar com frustrações e a tentar de novo”.