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O leite materno é o melhor alimento para o desenvolvimento e a saúde do bebê – e, apesar de a amamentação ser também um momento de troca de carinho entre você e o seu pequeno, ela nem sempre é simples quanto parece. O blog revela os desafios mais comuns e te explica como contorná-los.

Medo de o leite ser “fraco”

É muito comum preocupar-se com a qualidade do leite e se ele realmente mata a fome do bebê quando ele mama com frequência, no entanto, pode ficar tranquila. “A medida para saber se o leite é suficiente é o ganho de peso, e o pediatra vai te dizer se está normal ou não. Se a criança não está crescendo como esperado, o leite pode não ser suficiente pela quantidade, e não pela qualidade. Não precisa se preocupar”, explica a ginecologista e obstetra Célia Beatriz David, formada pela Universidade de São Paulo.

A pega não está correta

A especialista lembra que mesmo com todo o preparo e aprendendo na maternidade, a pega nem sempre é tranquila e pode levar a dificuldades como dor e um aleitamento ineficaz. Para facilitar, é preciso deixar o bebê com a barriga virada para a sua (e encostada nela), apoiando bem a criança para que ela sinta segurança.

Quanto à posição, pode ficar despreocupada, porque o importante mesmo é encontrar a maneira mais funcional para vocês: “É mito dizer que existem posições que vão mudar e deixar tudo muito mais simples, a mãe precisa encontrar a que é mais fácil para ela e que funcione para o seu bebê, é um processo de tentativa e erro e isso é normal. Não desanime”.

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Rachaduras nos seios

Pequenas rachaduras e machucadinhos também são comuns no início da amamentação e dificultam bastante o aleitamento, então é preciso cuidar delas corretamente. “Amamentar é muito difícil nos primeiros dias, e por isso é preciso ter um preparo da pele durante a gravidez para conseguir dar de mamar sem dor. Se rachou, deve ser usada uma pomada cicatrizante com vitaminas, passando nos seios entre as mamadas. Cubra com um papel filme ou plástico para não deixar que a roupa absorva e retire na hora de amamentar – repassando logo em seguida”, indica. Até que a pele se recupere, é possível fazer uso de acessórios como o protetor de mamilos, que permite a passagem do leite sem um contato direto.

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Leite “empedrando”

Nem sempre o bebê consegue mamar até que a mama esteja completamente vazia, e é preciso cuidado para que a sobra não acabe “empedrando” e gerando um problema maior – a mastite. “O que acontece não é que ele empedra, na verdade os dutos mamários são pressionados pelo excesso de leite e a saída fica difícil. É preciso retirar o leite quando as mamas estiverem cheias, então se o bebê não esvaziou é indicado fazer uma compressa quente nesse seio e retirar o leite com a ajuda da bombinha. Esse leite pode ser guardado na geladeira ou congelado para uso posterior, e dá até para termos um estoque. Fazer essa retirada é muito importante, porque vai prevenir inflamações que são muito dolorosas e mais difíceis de resolver”, esclarece.

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Retorno ao trabalho

Voltar ao trabalho é outro momento difícil na vida das mães, e é preciso ter força de vontade e uma boa dose de disciplina para conseguir manter o aleitamento materno exclusivo, que é indicado pela Organização Mundial da Saúde até os seis meses. “Nós podemos congelar e guardar o leite na geladeira, mas o ideal para esse retorno é usar a bomba e tirar pela manhã uma quantidade suficiente para o bebê mamar durante todo o dia. No entanto, como você não vai ter muita sucção direta é possível que a quantidade produzida seja reduzida – se isso acontecer, não se assuste”.