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A papinha é parte importante do desenvolvimento alimentar do seu bebê – afinal, é ela a responsável por trazer boa parte dos nutrientes após o aleitamento materno exclusivo e prepará-lo para a transição aos alimentos sólidos. E para que você domine essa etapa fundamental, o blog traz cinco pontos importantes que é preciso conhecer.

Quando e como começar?

É muito comum que os pais tenham dúvidas sobre o momento ideal – e até a frequência – de introdução das papinhas, então anote as dicas da nutricionista Andrea Marim: “Até os seis meses o bebê deve ser alimentado exclusivamente com leite materno. Passado esse primeiro semestre, as papinhas entram para ajudar no desmame gradual e devem ser introduzidas nas principais refeições do dia. Até os dois anos, o leite materno deve ser ofertado em livre demanda, ou seja, sempre que a criança pedir”.


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Prefira as versões caseiras

Papinhas industrializadas podem trazer uma certa praticidade ao dia a dia, no entanto, a verdade é que elas não são tão nutritivas quanto as preparadas em casa. “As versões caseiras são muito mais saudáveis porque são feitas com alimentos frescos, que conseguem preservar melhor os valores nutricionais, e são livres de conservantes. Para deixar mais prático, nós podemos preparar grandes quantidades e congelar por até três meses em recipiente de vidro”, explica.


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Papinha balanceada

Uma boa papinha precisa ser equilibrada do ponto de vista nutricional, incluindo vários grupos de alimentos para suprir todas as necessidades do seu bebê. “Nós vamos precisar de uma fonte de carboidrato que forneça a consistência pastosa, como os diferentes tipos de batata, a mandioquinha, o inhame e a mandioca, o arroz ou macarrão. Precisamos também de pelo menos um legume ou vegetal, como a beterraba, a abobrinha, a cenoura, a abóbora e o brócolis, que são opções mais adocicadas e dão uma boa palatabilidade para o bebê; e uma proteína, que pode ser o frango bem desfiado, a carne vermelha ou de peixe. Para as crianças de seis a 11 meses nós precisamos processar todos os ingredientes (incluindo as proteínas) para que fique bem pastosa. Já para as maiorzinhas, precisamos deixar pedacinhos de carne e de legumes”, indica.

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E as frutas?

Papinhas de frutas também são muito bem-vindas, especialmente nos dias quentes. “As frutas são ricas em vitaminas, minerais e fibras, então são importantes para os bebês. Nós temos que pensar em distribuir nos lanchinhos intermediários, pela manhã e pela tarde, e de maneira bem variada. Como as frutas oxidam rápido, o ideal é fazer na hora do consumo e evitar o congelamento para não perdermos nutrientes”, esclarece.


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Quantidade e resistência à alimentos

Você acha que o seu bebê está comendo pouco? Calma, essa é uma sensação comum entre os pais, mas que não deve ser motivo de preocupação. “No início nós devemos respeitar os limites da criança e tudo deve ser em livre demanda. Se sobrar está tudo bem, porque o bebê sente o quanto precisa comer. Só passamos a fazer um controle mais para frente, se ele estiver comendo demais e ganhando mais peso do que o necessário”, conta.

Outro detalhe que pode incomodar é a resistência à determinados tipos de alimento – algo que é natural e que deve passar com um pouco de insistência: “O paladar nessa fase está sendo apurado, então não devemos desistir na primeira papinha. O bebê demora um pouco para perceber o sabor de um alimento novo, estranha e nega, mas os pais não devem deixar de ofertar. É preciso intercalar com outros alimentos e insistir nesse que não foi aceito por pelo menos 10 vezes“.