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Nesta quarta-feira (29), a especialista em gestão de carreiras, Karin Parodi, fundadora do Career Center, é a convidada especial de uma live no Instagram da Fast Shop para falar sobre empoderamento feminino no mercado de trabalho! Para se aquecer para esse encontro, o blog conversou com ela sobre sua trajetória, os desafios do home office e a necessidade de se reinventar em tempos de pandemia.

Com mais de 28 anos de experiência em gestão de carreira, executive search e desenvolvimento de lideranças, Karin se graduou em Psicologia e se pós-graduou em Administração em Recursos Humanos. Especializou-se em Leading Professional Services Firms pela Harvard Business School e em gestão de carreira pela Oklahoma University. “Fui estudar nos Estados Unidos em 1998, e quando voltei resolvi que queria empreender. Muitas pessoas me procuravam para falar sobre mudança de carreira e assessoria, e isso me levou a fundar a Career Center, em 2001”, conta. A empresa virou referência em soluções em Assessment, Coaching, Mentoring, Cultura e Consultoria em assuntos Estratégicos em Recursos Humanos, ajudando pessoas a alcançarem seu máximo potencial de realização profissional. 

Fast Life: a necessidade de trabalhar home office pegou muita gente de surpresa e trouxe desafios para a produtividade. Como lidar com esse momento sem prejuízos no desempenho?
K.P: acho que a maior dificuldade é para quem tem filhos em casa, porque pode ser bastante difícil equilibrar a equação trabalho e vida pessoal, principalmente no caso das mulheres. O principal cuidado agora é distribuir muito bem as tarefas entre todos que vivem no mesmo espaço e tentar manter o foco. Temos pessoas que estão encarando isso muito bem, porque acabamos ganhando muito tempo na jornada diária que antes era gasto com se deslocar até o local de trabalho. Tudo é uma questão de adaptação. Temos que absorver as mudanças, ter resiliência e tirar o melhor disso tudo. 

Mesmo antes da pandemia, o home office já ganhava espaço crescente. Você acredita que seja uma tendência para o futuro?
K.P: o home office já era bastante comum fora do país, mas aqui ele está se tornando uma realidade apenas agora. Já era uma tendência, mas com certeza deve crescer de maneira bem acelerada depois de tudo isso. As empresas já viram que conseguem ter até mais produtividade por um custo muito menor, sem precisar de uma grande estrutura. Os funcionários não precisam se deslocar, ganham mais tempo em suas vidas profissionais e pessoais, e tudo isso interfere na qualidade do trabalho de maneira muito positiva. Creio que será cada vez mais comum termos um mix entre o presencial – porque as pessoas precisam de socialização – e o online. 

O maior tempo em casa pode ser considerado uma oportunidade para se desenvolver e buscar novos caminhos na carreira?
K.P: com certeza. Nós temos mais tempo para refletir, buscar novos caminhos e aprender. Hoje existem muitos cursos online, até gratuitos, e é uma boa ideia aproveitar esse momento para estudar e se preparar melhor para o retorno ao mercado de trabalho. Aprender sempre te faz mais competitivo, principalmente quando pensamos em conteúdos digitais. Esse também é um momento que favorece o surgimento de muitos novos negócios, porque nós temos uma grande transformação de realidade e novos problemas que surgem e que precisam ser solucionados de alguma forma. Para quem quer empreender, existem oportunidades. 

O tema da nossa live é o empoderamento feminino no mercado de trabalho. Como você enxerga a busca pela igualdade no ambiente profissional nos dias atuais?
K.P: eu vejo muita evolução, mas ainda não é o suficiente. Quando olhamos para a base da pirâmide nas empresas nós notamos que o volume já é quase igual entre homens e mulheres, mas quando vamos subindo essa diferença vai se tornando maior. Nós vemos menos profissionais do sexo feminino em cargos de liderança. Existem empresas que estão mudando e perseguindo o objetivo de uma divisão 50/50, mas isso precisa estar na pauta e é necessário criar condições para que mulheres realmente consigam subir na cadeia – não pode ser apenas no papel ou no campo das ideias.