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Não há dúvidas de que o café está entre as bebidas mais apreciadas em todo o mundo! Presente na maior parte dos lares brasileiros, ele não só fornece energia para iniciar o dia, mas também cria uma experiência prazerosa naqueles momentos de merecido descanso. Para celebrar essa verdadeira paixão nacional, o blog conversa com o especialista João Carlstron, convidado para a live especial de Harmonização de Cafés, no Instagram da Fast Shop, nesta quinta-feira (14). 

Gerente de Marketing e Trade Marketing no Grupo 3corações, Carlstron iniciou a sua jornada em gastronomia com o vinho. “Eu trabalhei com esse mercado por muitos anos, e ele me trouxe a bagagem gastronômica necessária para o café, que é a minha área de atuação há 11 anos. Na época, as empresas procuravam um profissional que fosse capaz de entender as notas, aromas, sabores e combinações gastronômicas, que ainda eram algo novo na indústria do café”, conta. Abaixo, o especialista traz dicas especiais para quem deseja entrar nesse clube e começar a se aventurar por essa degustação prazerosa. 

Aprendendo a degustar

Assim como acontece com o vinho ou outras bebidas alcóolicas, é preciso preparar o seu paladar para compreender e se ajustar ao café – uma jornada divertida e muito saborosa. “Muitas pessoas tomam o café pela energia e pela funcionalidade, ou pelo prazer que vem não só da bebida, mas pelo lado afetivo do momento do café. Para quem quer começar a degustar, o ideal seria tomar sem açúcar, mas nem sempre isso agrada ao paladar dos brasileiros. Minha sugestão é que você comece deixando de adoçar, mas comendo algo doce junto, como um chocolate, um brigadeiro, um biscoito ou um pedaço do bolo. Isso te ajuda a ajustar a doçura e ter uma experiência bacana nesse início”, indica. 

Outro ponto importante da degustação diz respeito à escolha do seu café, um detalhe que deve ser levado em conta quando o assunto é aproveitar o seu sabor puro.  Apesar de existirem três categorias (tradicional, gourmet e especial), o especialista foca em dois para quem está no início desta jornada. “Se for pegar o tradicional, eu aconselho adquirir o tradicional e não o extraforte, porque ele tem menos amargor e é mais fácil de se acostumar sem o açúcar. Já o especial é aquele que tem nome e endereço, uma rastreabilidade da origem que valoriza o produtor, dá um controle de qualidade e até indícios do que você vai encontrar de sabor. Com o tempo, você vai notar que cada região traz características próprias, como as notas de frutas secas nos que vêm de sul de minas, por exemplo, e vai aprender cada uma”, aponta.

A maneira como você compra o seu café também merece uma atenção especial, já que o frescor interfere muito na percepção de aromas e sabores: “O café oxida, então é sempre aconselhável comprar o grão ou a cápsula. No caso do grão, você moe na hora e essa oxidação é muito menor, levando um produto mais fresco para a xícara. As cápsulas também são bem interessantes, porque são práticas, criam uma experiência e ainda mantém o café extremamente fresco e com alta qualidade pela falta de contato com o oxigênio. O pó é o que mais sofre, mas você pode manter fresco por mais tempo se guardar na própria embalagem, prensando bem para retirar o máximo possível de ar e depois mantendo em um local seco, com temperatura amena e sem luz”. 

Enriquecendo a experiência

Quer deixar a sua experiência com o café ainda mais gostosa? Então vale começar a se aventurar pela harmonização. “Quando você harmoniza um alimento com uma bebida você junta dois elementos e cria um terceiro sabor, sem que um anule o outro. Nós temos duas formas de fazer isso por similaridade, quando você pega um café delicado e com notas de frutas vermelhas, por exemplo, e junta com um cheesecake de frutas vermelhas ou amora; ou por contraste, quando você tem um café com uma torra intensa e potente e consome junto de um chocolate ao leite ou um mousse bem doce, ou ainda um queijo bem salgado, como um parmesão ou grana padano”, aponta. 

Quer saber mais sobre harmonização e degustação de cafés? Participe da nossa live!