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2020 foi um ano de grandes mudanças e quebras na rotina – e isso, é claro, modificou também a maneira de pensar o lar e de interagir com ele. Na decoração, a busca pelo aconchego e pela realização das tarefas virou obrigatoriedade, trazendo a necessidade de ter mais versatilidade em cada cantinho da casa. O blog te conta quais tendências vieram para ficar e devem se tornar constantes na hora de transformar os seus ambientes. 

Aconchego e bem-estar

Se antes a estética dominava as áreas comuns, agora é o conforto e a sensação de bem-estar que passam a ditar as regras. “As pessoas estão deixando de ter uma casa e passando a ter realmente um lar, porque acabaram precisando olhar para dentro com carinho. Tudo o que traz mais graça e vida para os espaços deve continuar em alta, transformando os espaços em refúgio para a família. Há muito tempo falamos em trazer a natureza para dentro de casa, e agora essa ideia vem ainda mais forte”, explica a arquiteta Karina Korn. Itens como plantas, tecidos macios e agradáveis ao toque e até aromas que tragam serenidade devem permanecer em alta. 

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Home office prático

A necessidade de ter um espaço para trabalhar levou muita gente a readaptar os cômodos, algo que também não deve ser deixado de lado tão cedo. “O home office com certeza virou uma prioridade na casa, e não basta mais ter apenas um local improvisado. Encontrar um cantinho para colocar uma bancada adequada, com boa iluminação e os eletrônicos que você precisa para exercer suas funções é uma das grandes tendências para os próximos anos, e é possível fazer isso mesmo sem um cômodo extra. O importante é ter um espaço com boa luz, com uma bancada virada para a janela, e investir um pouco mais em iluminação artificial, porque a luz inadequada é o que mais gera cansaço ao trabalhar”, conta. 

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Varanda como local de conexão com o lado de fora

Até 2019, fechar a varanda e transformá-la em uma extensão do espaço interno era quase que uma regra – uma tendência que também acabou ficando para trás. “Agora estamos voltando a pensar nela como uma maneira de ter mais contato com o mundo exterior, para relaxar e ter essa sensação gostosa de liberdade. Ela não deve voltar a ser totalmente fechada, e veremos projetos cada vez mais híbridos: com vidros que trazem a possibilidade de fechar, mas mantendo a maior entrada de luz e ar fresco, com plantas e elementos que nos permitam ter essa sensação quase que de quintal”, aponta. 

Cozinha em foco

E, claro, com mais tempo em casa, é natural que as famílias passem a utilizar mais a cozinha e deixem de pensar nela como um local apenas para receber: “Ela segue sendo o espaço para reunir, mas agora é preciso de fato utilizá-la no dia a dia. Precisamos pensar principalmente na praticidade, na integração com os demais espaços e em cozinhar de maneira agradável. Ela é o coração da casa, e precisa de uma boa bancada, uma iluminação que permita uma boa visualização dos seus preparos e os utensílios que você mais utiliza sempre à mão. Ter cuidado com a ergonomia é a grande tendência, com um triângulo entre geladeira, pia e fogão que permite preparar os alimentos sem dar muitos passos, e com as panelas e talheres que fazem parte da rotina sempre ao alcance”.