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Escolher o terno para o casamento é um momento especial – afinal, é ele quem vai destacar o noivo durante a cerimônia e estar presente nas fotos que serão lembradas por toda uma vida. E para que o visual esteja perfeito, é preciso pensar em cada detalhe. Não sabe por onde começar?

Antes de tudo, é preciso ter em mente que a roupa deve estar adequada com a da noiva, já que um vestido muito formal com um terno com linguagem mais simples pode causar estranhamento. “É interessante conversar com a parceira sobre o vestido para que os estilos casem e você faça uma escolha bacana. Lembrando que a camisa branca é a melhor pedida, seja qual for o seu terno”, explica a consultora de imagem e estilo Bruna Guadaim, especializada em trajes de casamento.


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Prefira o terno completo

O que diferencia o terno do casamento daquele usado no dia a dia é a terceira peça – uma opção recomendada mesmo para as cerimônias informais. “Ter o terno completo é importante, e é válido saber que quando falamos de paletó e calça estamos falando de costume, e não do terno propriamente dito. O colete dá um ar mais formal e ajuda o noivo a se destacar dos convidados mesmo quando ele tirar o paletó para se divertir e dançar. Ele dá um ar elegante”, esclarece.

Escolhendo o corte

Tanto o corte reto quanto o slim fit, mais ajustado ao corpo, são opções para o grande dia – e a escolha vai depender do seu gosto pessoal: “O mais importante é que ele se adeque ao biotipo do noivo. Às vezes pensamos que para disfarçar barriga devemos usar uma roupa larga, mas na verdade isso pode aumentar ainda mais a sensação de peso. O slim fit, bem rente ao corpo, tem um ar mais sensual e moderno que é muito bacana para casamentos que não são muito formais, enquanto o outro é bem clássico”.


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Acertando o tamanho

Não importa o corte, para que um terno fique bacana é indispensável ter um bom caimento – que é garantido pelo tamanho correto. “Nós temos várias maneiras de saber se está adequado. O primeiro é notar se o local onde a manga começa (a costura) está exatamente sobre o ossinho do ombro. Se estiver mais para baixo o paletó está grande, e se estiver acima está pequeno.  O comprimento da manga também é importante, e deve terminar no osso do punho, aparecendo um dedinho do punho da camisa quando os braços estiverem esticados. Já na região do bumbum devemos ter um dedinho de folga para que o caimento seja adequado, e a frente não deve fazer aquela marca horizontal que chamamos de bigode de gato – mesmo que ele seja slim. Quando a calça é sequinha e afunilada ela precisa terminar um dedo abaixo do tornozelo, e as retas devem acabar no meio do sapato (no peito do pé)”, ensina.


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Cor e tecido

A cor está diretamente ligada à formalidade do seu terno – e o que guia tudo isso é o local e o horário do seu casamento. “Os que acontecem das 20h em diante são os mais formais, e é bacana ir para cores escuras, como preto, azul marinho ou cinza grafite, e em tecidos bem estruturados e com linhas retas. Os mais brilhantes também são interessantes aqui para dar um toque moderno. Já os diurnos, que começam perto das 16h e se estendem até a parte da noite, são considerados um meio termo de formalidade e pedem cores médias, como cinza mescla ou azul. Para os que acontecem mais cedo, ou em locais abertos (como praia ou campo), podemos usar os bem clarinhos, que ficam leves e interessantes, e em tecidos mais molinhos e confortáveis, como o linho e o gabardine de verão“, aconselha.

Para ter conforto, aliás, é imprescindível ter atenção com o tipo de tecido escolhido: “Quanto mais lã fria na composição, maior o conforto térmico – aquecendo no inverno e dando frescor no verão. Já o poliéster dá uma sensação de calor, então é interessante ficar de olho na etiqueta para verificar as proporções”.


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E a estampa?

Pensou em casar-se com um terno estampado? Acredite, é possível! “Nós temos estampas que são mais formais por natureza, como o xadrez príncipe de gales, que vai muito bem para os casamentos informais e semiformais. Ela entra muito bem e dá um estilo diferenciado, porque é algo que os convidados não esperam, além de deixar o visual do noivo bastante elegante e moderno”, conta.

Os complementos certos

A gravata e o colete são utilizados em praticamente todos os tipos de cerimônia – e precisam ser escolhidos de maneira adequada. “Quando pensamos em gravatas de noivo, a prata ou cinza é a mais tradicional, mas também podemos seguir a regrinha da alfaiataria: se ela for mais escura que a camisa vai funcionar. O colete, se não for da mesma cor do terno, deve ser mais escuro que o paletó”.


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E os sapatos? “Uma dica interessante é buscar modelos de couro, com solado também de couro, e que tenham cadarço. Também é importante que sejam da cor do terno ou mais escuros, nunca mais claros. Se você está com um azul marinho, pode usar um preto ou marrom café, que é mais moderno. Para os clarinhos, brancos  e cinzas, o marrom mais escuro pode ficar muito bom”, revela.

Já aquela regrinha de casar a cor do sapato com a meia pode ficar de lado, principalmente se a sua ideia é demonstrar personalidade. “A meia entra em um  mundo a parte, porque hoje ela é a nova gravata. Claro que se o casamento é muito formal precisa ser da mesma cor do sapato, mas se não for o caso você pode usar a colorida para um toque mais criativo – só tome o cuidado de escolher formas mais geométricas e que tenham alguma cor que case com o sapato, mesmo que em um detalhe pequeno”.