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O leite materno é o melhor opção para o desenvolvimento saudável do bebê – e quando o assunto é amamentação, alguns alimentos são considerados seus grandes aliados, enquanto outros podem atrapalhar não só a produção, como a qualidade. O blog te conta o que colocar e o que riscar do cardápio durante o período.

Diga sim!


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Água 

Não existe amamentação sem uma boa hidratação – portanto, a ingestão de água deve ser frequente e abundante. “Ela é fundamental nesse período, porque vai manter as condições de produção de leite nas glândulas e facilitar a passagem pelos dutos mamários. Além dos dois litros de água em si, podemos também trazer a água de coco e os chás como o de camomila, hortelã ou erva doce. No geral, a mãe já sente mais sede que o habitual, então é fácil fazer uma boa ingestão”, explica a obstetra e ginecologista Patrícia Gonçalves, mestre em Obstetrícia e Ginecologia pela USP.


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Fibras

Alimentos ricos em fibras – como o farelo de aveia (cerca de uma colher de sopa por dia), os cereais, as leguminosas e as frutas vermelhas – são muito bem-vindos, mesmo que não estejam diretamente ligadas ao leite. “As fibras são importantes para o equilíbrio da flora intestinal e devem ser bastante consumidas no período. Durante a gestação, a mulher tende a ter o intestino preso por conta do hormônio progesterona, que continua alto durante a amamentação. Isso deixa o peristaltismo mais lento e vai te gerar bastante desconforto”, alerta.


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Proteínas

As proteínas são outros alimentos indispensáveis por serem ricas em ferro, então é preciso ajustar o consumo ou suplementar. “Elas são importantíssimas na alimentação materna, porque o bebê tira a proteína necessária para criar anticorpos da própria mãe e essa perda existe tanto na gestação, quanto na amamentação. Devemos ter uma boa ingestão de opções pobres em gorduras prejudiciais (como o peixe e o frango) para repormos tudo o que é perdido e evitar a anemia”, conta. Lembre-se também de ter um bom consumo de vitamina C, que te ajuda a absorver melhor.


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Gorduras boas

As gorduras boas – presentes no azeite de oliva, no abacate e nas oleaginosas – são outras que têm papel fundamental tanto na qualidade, quanto na quantidade do leite, então vale manter no cardápio. “Existem nutrientes nas gorduras boas que fazem com que o leite tenha uma condição de viscosidade melhor, além de interferirem positivamente no sabor, o que ajuda a criança a continuar mamando por mais tempo”, revela.

Evite!

Álcool

Você já ouviu que a cerveja escura ajuda a aumentar a produção de leite? Pois saiba que não passa de mito: “O que acontece é que o álcool aumenta a vasodilatação e isso te ajuda a ter um fluxo maior, mas não é recomendado porque um pouco dele pode ser passado ao bebê através do leite. O que podemos incluir uma vez por semana é uma taça de vinho do porto, que é benéfico para a saúde da mãe e tem quantidade de quinino adequada para que essa aborção pela criança não ocorra”.


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Cafeína

A cafeína é outra substância que pode ser nociva durante a amamentação, ainda mais quando ingerida em doses altas. “Ela libera adrenalina, e muitas vezes isso afeta a criança, que apresenta mais agitabilidade, dificuldade para dormir e maior desconforto gastrointestinal, que pode levar à dificuldade de evacuar. Para quem não dispensa o café, o melhor é optar pelo descafeinado”, adverte.

Carboidratos em excesso

A farinha branca e os carboidratos simples não são bons companheiros durante a amamentação – e eles podem inclusive afetar o seu bebê mais tarde, na infância ou adolescência. “Um consumo exacerbado de carboidratos é degradado em glicose e ela é passada para a criança através do leite, aumentando o risco de sobrepeso e todas as suas consequências, como a diabetes na adolescência e outras patologias. Ele não pode faltar, mas deve vir de boas fontes e estar em quantidades adequadas”, diz.


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Carnes cruas

A recomendação de evitar carnes cruas durante a gestação deve ser extrapolada para o período de amamentação, isso porque ainda existe o risco de infecções que podem prejudicar também o seu pequeno: “As carnes e peixes crus precisam ser de fontes confiáveis, e geralmente não temos como saber se realmente são ou se foram bem preparadas. Dependendo da bactéria, ela pode contaminar o bebê através do leite“.