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O seu bebê tem momentos de choro quase incontrolável mesmo que tudo esteja aparentemente normal? Então é provável que o motivo seja a cólica – um desconforto natural, mas que gera muito medo e angústia nos pais. Para lidar melhor com o problema e ajudar a acalmar o seu pequeno, o blog te conta o que é preciso saber sobre ela.

“A cólica costuma ocorrer com mais frequência no primeiro semestre, embora em raras situações ela possa se estender até um ano. A criança é gestada durante nove meses em meio líquido, sendo alimentada pelo cordão umbilical e sem o trabalho de digerir. Quando ela nasce, começa a ser alimentada e passa a ter que usar esse sistema digestivo, que nunca havia absorvido nada. É preciso um certo tempo para se adaptar a essa nova realidade, e isso provoca gases e cólicas. Cada uma tem um tempo para se acostumar, e todas terão em maior ou menor grau”, explica o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, com especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California.

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E a alergia?

Em alguns casos é possível que a cólica seja causada por alergias alimentares – já que muito do que a mãe consome é passado ao bebê através da amamentação. “Existem situações em que a cólica é por conta do leite de vaca ou de outro alimento consumido pela mãe, e se está acima do normal devemos investigar se este é o caso. É importante relatar ao pediatra esses episódios de choro para que ele possa avaliar a incidência e se ela é natural ou patológica. Se a criança está chorando há três ou quatro dias, o recomendado é telefonar para o médico para ver se existe a necessidade de marcar uma consulta”, esclarece.


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Reconhecendo a cólica

Geralmente, o choro da cólica é mais estridente e costuma ser difícil de acalmar, diferente do da fome. “A mãe acaba aprendendo naturalmente a discernir entre cada tipo de choro, mas às vezes a insegurança dificulta um pouco. Para saber se é cólica nós podemos ir pela exclusão: notar se ela está com fome, olhar se a fralda está seca ou machucando a pele, se as roupas estão incomodando (podendo removê-las para ter certeza) ou se o umbiguinho está sangrando. Se tudo está bem, é provável que ela tenha cólica”, indica.

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Lidando com a cólica

Apesar de existirem remédios para aliviar os gases, a verdade é que eles nem sempre são eficientes para a cólica natural – já que ela ocorre principalmente pela falta de maturidade do sistema digestivo. Mas, então, o que fazer? “É preciso primeiramente manter a calma para não passar insegurança ao bebê, porque os sentimentos da mãe são percebidos e ele pode ficar tanto mais tranquilo, quanto mais nervoso. Para aqueles que relaxam e gostam do banho, a água morna é uma grande aliada nessa hora. Outra coisa que ajuda é pegar a criança no colo com ela deitada de bruços (apoiando as costas) e apoiando o rosto com uma das mãos até que ela se acalme”, aconselha.

Outro método bastante popular na internet consiste em enrolar bem o bebê em uma manta para que ele se sinta protegido – mas nem sempre o resultado é o esperado: “Eu costumo pedir que os pais evitem fazer essas amarrações que restringem a criança, porque esse impedimento dos movimentos pode deixá-la ainda mais nervosa e ansiosa. Se o colo não resolveu, a massagem leve e com movimentos circulares em volta do umbigo, feita com óleo de amêndoas morno, ajuda bastante na redução da dor e desconforto e até na eliminação dos gases”.