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Nada combina tanto com o inverno quanto uma boa tábua de queijos acompanhada daquele vinho incrível – e a harmonização é o segredo do sucesso para quem quer deixar a degustação ainda mais especial: com as escolhas certas, os sabores não só se complementam, como também se realçam. Quer aprender? O blog te ensina.

É válido saber que vinhos e queijos são uma combinação clássica e que ambos passam por processos de produção bastante semelhantes, com fermentação e maturação. E, apesar de terem sempre um bom resultado, ao juntar as opções certas a sua experiência será muito mais completa. “O conceito de harmonização é juntar duas coisas distintas para que ambas sejam melhoradas. O queijo tem uma untuosidade que é quebrada com o vinho, que limpa a boca e a prepara para o próximo pedaço, e vice-versa. Um chama o outro e eles se intercalam com perfeição”, explica o sommelier Rodrigo Bertin.

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Queijos x vinhos

O segredo da harmonização está em encontrar alimentos e bebidas que tenham a mesma intensidade – sem que um seja capaz de se sobrepor ao outro. Portanto, é preciso separar os queijos em grupos pelas suas características de sabor: os frescos e moles (ricota, requeijão, cottage, minas frescal, muçarela de búfala, brie, camembert e coulommiers), os semimoles ou médios (emmental, gouda, prato, meia-cura e saint-paulin), os duros (parmesão, provolone, pecorino e grana padano) e os azuis (gorgonzola, roquefort e stinton ).


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Para os frescos, que são leves e têm um gosto sutil, o especialista indica os vinhos brancos bem leves, como o Sauvignon Blanc, ou um bom espumante, que também não tem sabor marcante. “Se você gosta do rosé, pode optar pelos de coloração bem clarinha, que são os mais suaves e vão combinar melhor”, completa.

Já para os semimoles, que possuem intensidade média, é possível inovar um pouco mais. “Temos uma grande variedade de brancos, desde os leves até os mais encorpados, como Chardonnay, e os rosés de todos os tipos. Para quem gosta do tinto, podemos pensar nos bem suaves, como Pinot Noir e Merlot. Vale lembrar que o fondue de queijo, que é muito tradicional no inverno, se encaixa nesta categoria de intensidade mediana”, conta.


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Gosta do sabor marcante dos queijos duros? “Com eles você consegue ser ainda mais versátil nos vinhos, que podem ser tintos de estrutura média, como os elaborados com as uvas Cabernet Sauvignon, Carménère, Merlot e Malbec, ou os vinhos brancos bem encorpados, os Gran Reserva. Se quiser um espumante, ele terá que ser intenso e passar pelo método tradicional de fabricação, como o Champanhe“, aponta.

E para os chamados queijos azuis, o segredo está em encontrar o equilíbrio: “Eles são os de intensidade mais salgada e muito untuosos. Quando você coloca um vinho muito encorpado junto com eles o resultado na boca é um gosto metálico e não muito agradável. A melhor harmonização neste caso é com os vinhos de sobremesa, mais doces, que conseguem fazer uma contraposição gostosa e que dá vontade de ir intercalando bebida com queijo. Boas escolhas são Vinho do Porto e Sauterne“. Quer um espumante? Então foque no Lambrusco.